Banca Examinadora
(titulares)
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Prof. Dr. Cristiano dos Santos Rodrigues - Orientador (DCP/UFMG) Profa. Drª. Marjorie Correa Marona - Coorientadora (DCP/UFMG) Profa. Drª. Laura Guimarães Corrêa (UFMG) Profa. Dra. San Romanelli Assumpção (UERJ) Prof. Dr. João Roberto Barros (UNILA) Profa. Drª. Joana Ziller de Araujo Josephson (UFMG) |
Resumo |
Nesta pesquisa, me debruço sobre as percepções e experiências de mulheres cis/trans e pessoas não bináries que fogem aos padrões hegemônicos de sexualidade e a atuação do estado e da justiça em situações de violência por gênero e sexualidade. Pensando as dinâmicas múltiplas e constantes do poder e, em sentido amplo, as relações entre instituições e sociedade, as investigações da pesquisa são delineadas a partir da pergunta: Como é percebido, do ponto de vista de mulheres cis/trans e pessoas não bináries que fogem aos padrões hegemônicos de sexualidade, a eficácia do estado brasileiro e suas políticas institucionalizadas de combate à violência contra mulher e LGBTQIA+fóbica? Para tal, percebo também a relevância em pontuar: Qual a definição/visão de violência segundo esse grupo e segundo as legislações atuais do Brasil, em especial quanto às violências por sexualidade e gênero? E, analisando os marcos teóricos e legais atuais de combate à violência e discriminação por sexualidade e gênero, quais as potencialidades, limites e distanciamentos entre estes e as percepções e vivências destas pessoas no país? O objetivo é registrar e analisar as percepções e experiências de mulheres cis/trans e não bináries que fogem aos padrões hegemônicos de sexualidade sobre violências interseccionais, observando as relações múltiplas entre a legislação brasileira e as vivências e percepções desse grupo a fim de refletir as potencialidades, conflitos e limites do combate institucional a essa forma de violência complexa. O método adotado para resolução dos problemas propostos, além da reflexão bibliográfica, foi a realização de 21 entrevistas online, a partir da estratégia bola de neve. Após transcrição, as entrevistas foram objeto de Análise de Conteúdo, baseada nos passos metodológicos propostos por Sampaio (2021) em diálogo com Triviños (1987), a fim de estabelecer passos claros para análise e simultaneamente destacar a importância do conhecimento adquirido na construção desta. Utilizo como ferramenta para análise o software de dados qualitativos Atlas.ti web. O trabalho se divide em quatro capítulos principais, além de introdução e conclusões finais. Inicio refletindo sobre os passos metodológicos das 21 entrevistas conduzidas e da análise de conteúdo desenvolvida sobre elas. A seguir, apresento debate teórico sobre a orientação sexual e identidades/expressões de gênero, e a produção da mulher nas sociedades modernas, construindo e finalizando com a análise das entrevistas no tocante ao olhar sobre a complexidade das identidades e sexualidades das pessoas entrevistadas. A sessão seguinte trata as questões de poder e violência em suas múltiplas relações com o Estado e a moderna colonialidade, sendo finalizada com a análise das percepções e vivências sobre violências por sexualidade e gênero em suas intersecções das entrevistadas. Por fim, é tratada a questão do estado e da justiça, o paradoxo da atuação de instituições que, no processo de condução das condutas reit |
Palavras-chave |
Decolonial, Gênero, Justiça, Queer, Sexualidade, Violência |