Detalhes da tese

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Aluno
Bruno Fernando da Silva
Orientador
Bruno Pinheiro Wanderley Reis
Título da tese
Os efeitos recíprocos entre dinheiro e voto em eleições para o Senado no Brasil
Área de concentração
Ciência Política
Linha de Pesquisa
Instituições Políticas e Política Internacional
Data da defesa
05/04/2021
Banca Examinadora
(titulares)
Prof. Dr. Bruno Pinheiro Wanderley Reis - Orientador (DCP/UFMG)
Prof. Dr. Manoel Leonardo Wanderley Duarte Santos (DCP/UFMG)
Prof. Dr. Bruno Wilhelm Speck (USP)
Prof. Dr. Dalson Britto Figueiredo Filho (UFPE)
Prof. Dr. Rodrigo Rossi Horochovski (UFPR)
Resumo
Esta tese analisa as relações estabelecidas entre dinheiro e voto no Brasil a partir das eleições de 2006 a 2014 ao Senado Federal. Diferentemente da maior parte dos trabalhos empíricos sobre o tema, parto do pressuposto de que o financiamento de campanhas e o desempenho em eleições se afetam mutuamente à medida em que as expectativas quanto aos resultados influenciam as arrecadações tanto quanto elas afetam as votações dos competidores. Isso porque, se os doadores de campanha agem estrategicamente visando garantir acesso ao poder, a viabilidade eleitoral dos candidatos deve ser um aspecto fundamental para a escolha de quem será financiado. Da mesma maneira, competidores que arrecadam mais dispõem de mais recursos para investir em marketing, planejamento e estratégias eleitorais que podem garantir uma maior votação. Uma vez que os resultados demonstram uma forte correlação entre as intenções de voto e as receitas eleitorais, discuto quais são as implicações metodológicas disso para a análise da relação entre dinheiro e voto e proponho alternativas para se enfrentar o problema da endogenia com base em abordagens de estudos anteriores. Uma alternativa, que não soluciona o problema estatístico, mas que reduz a superestimação do dinheiro, é controlar adequadamente os modelos com variáveis associadas às receitas e que afetam o voto. Outra possibilidade é de que se empreguem técnicas específicas para o controle da endogenia. Dentre as utilizadas por pesquisas pregressas, optei por estimar o efeito do financiamento sobre o desempenho a partir de variáveis instrumentais em regressões de mínimos quadrados em dois estágios (2SLS). Os resultados indicam uma redução de 16% na magnitude do coeficiente estimado para as receitas quando obtidas em dois estágios em comparação ao modelo de mínimos quadrados ordinários (OLS) controlado por variáveis relativas às carreiras e ao partido dos candidatos. Mais que isso, os achados sugerem que muitas das demais variáveis empregadas tinham seu efeito subestimado quando aferidas por OLS.
Palavras-chave
Endogenia, Financiamento de campanhas, Intenção de voto, Resultados eleitorais, Variáveis instrumentais.
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