Detalhes da tese

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Aluno
Barbara Salatiel Borges
Orientador
Manoel Leonardo Wanderley Duarte Santos
Título da tese
O QUE OS DOADORES DE CAMPANHA GANHAM? O FINANCIAMENTO PRIVADO E OS CONTRATOS PÚBLICOS NOS ESTADOS BRASILEIRO
Área de concentração
Ciência Política
Linha de Pesquisa
Instituições Políticas e Política Internacional
Data da defesa
17/12/2021
Banca Examinadora
(titulares)
Prof. Dr. Manoel Leonardo Wanderley Duarte Santos - Orientad (DCP/UFMG)
Prof. Dr. Denisson da Silva Santos - Coorientador (UFAL)
Prof. Dr. Lucio Remuzat Rennó Junior (UNB)
Prof. Dr. Pablo Silva Cesário (FGV)
Prof. Dr. Dalson Britto Figueiredo Filho (UFPE)
Prof. Dr. Wagner Pralon Mancuso (USP)
Resumo
Esta tese investiga se doadores que financiam candidatos eleitos, na esfera estadual, extraem benefícios da doação em valores contratuais. Ao fazer isso, pretende-se contribuir com a literatura especializada sobre dinheiro, política e democracia, tendo como pano de fundo o dilema de que recursos econômicos podem desequilibrar a relação com o governo e sobrerepresentar interesses organizados. Mas, por outro lado, doar dinheiro para causas políticas favoritas é uma forma de participação política e, portanto, é aceitável em regimes democráticos. Também, partidos e candidatos precisam de recursos para se conectar com os eleitores, divulgar suas posições políticas e oferecer-lhes escolhas informadas. Para cumprir esta tarefa, foi mobilizado um conjunto de dados das eleições de 2010 e 2014, além de informações sobre os contratos celebrados entre os governos de oito estados e o particular contratado. Metodologicamente, o trabalho combina estatística descritiva e a estratégia de identificação diferença-em-diferenças para testar a hipótese causal de que o financiamento privado de campanha se reverte em atuação favorável por parte dos governadores e deputados estaduais que receberam tais contribuições. Os resultados mostram que as empresas que doaram para eleitos receberam substancialmente mais contratos. Todavia, dada a insignificância estatística em grande parte dos achados, a tese não consegue descartar, com segurança, a hipótese de que o viés na contratação observado foi, na verdade, fruto do acaso. Entre outras contribuições, debate-se, também, os possíveis impactos da nova regulamentação do financiamento, que alijou as empresas do jogo eleitoral, sobre a interferência do poder econômico no sistema político, no geral, e sobre o arranjo de recompensas entre políticos e doadores, no particular.
Palavras-chave
Contratos governamentais, Eleições, Financiamento de campanha, Investimento eleitoral
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