Detalhes da tese

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Aluno
Matheus Gomes Mendonça Ferreira
Orientador
Mario Fuks
Título da tese
O VOTO DOS EVANGÉLICOS EM BOLSONARO EM 2018: Identidade, valores e lideranças religiosas
Área de concentração
Ciência Política
Linha de Pesquisa
Comportamento Político e Opinião Pública
Data da defesa
30/09/2022
Banca Examinadora
(titulares)
Prof. Dr. Mario Fuks - Orientador (DCP/UFMG)
Prof. Dr. Thiago Moreira da Silva (DCP/UFMG)
Prof. Dr. Fábio Lacerda Martins da Silva (IBMEC-SP)
Profa. Drª. Amy Erica Smith (IOWA STATE UNIVERSITY)
Prof. Dr. Victor Augusto Araújo Silva (University of Zurich)
Resumo
Esta tese é um conjunto de três artigos sobre o voto dos evangélicos em Bolsonaro em 2018. Em cada um dos artigos (capítulos) exploro uma das dimensões da religiosidade dos eleitores, compreendida pela abordagem dos 3 Bs (belonging, behavior e beliefs). No primeiro capítulo, encontro que a identidade evangélica é um determinante do voto, como já demonstrado pela literatura, mas seu efeito varia conforme o sexo e a cor dos eleitores. As evangélicas pretas não votam da mesma forma que os evangélicos brancos. Esse efeito ocorre mantendo constante variáveis socioeconômicas, o que nos leva a pensar em possíveis outros fatores identitários que cruzam com a identidade evangélica, como a identidade de gênero e racial. No segundo capítulo, testo em que medida a tese da afinidade conservadora ajuda a compreender o voto desse grupo em um candidato de extrema direita e com inclinações autoritárias. Os resultados indicam que a rejeição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo foi um fator importante ao passo que o aborto não. Apesar disso, o efeito da rejeição ao casamento homo afetivo não foi tão forte, indo na contramão da tese de que o voto evangélico em Bolsonaro se deu por causa do forte conservadorismo desse grupo. Porém, os resultados exigem parcimônia devido à limitação dos dados. Por fim, o terceiro capítulo examina o papel desempenhado pelas lideranças religiosas nesse voto. Os resultados deste capítulo apontam que evangélicos pentecostais e tradicionais estiveram mais expostos às propagandas políticas pró-Bolsonaro em 2018, mas o hábito de frequentar cultos não é um determinante para que estejam mais expostos do que seus pares da mesma religião. Por outro lado, o eleitor pentecostal mais interessado por política está mais exposto a essas mensagens, embora não haja diferença entre os evangélicos tradicionais. Com relação as mensagens religiosas, estas apresentaram efeito apenas para os pentecostais, mas não para os evangélicos tradicionais.
Palavras-chave
comuniação religiosa, conservadorismo, identidade religiosa, pentecostais
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