Aluno |
Gustavo de Melo Silva |
Orientador |
Eduardo Moreira da Silva |
Título da tese |
Implementação de práticas restaurativas escolares |
Área de concentração |
Ciência Política |
Linha de Pesquisa |
Participação, Movimentos Sociais e Inovações Democráticas |
Data da defesa |
07/10/2022 |
Banca Examinadora (titulares) |
Prof. Dr. Eduardo Moreira da Silva - Orientador (DCP/UFMG) Profa. Drª. Ana Paula Karruz (DCP/UFMG) Prof. Dr. Fernando Gonzaga Jayme (DIREITO-DIC/UFMG) Prof. Dr. André Rubião Resende (FDMC) Prof. Dr. Alexander Cambraia Nascimento Vaz (IDP) |
Resumo |
O tema da pesquisa é implementação de práticas restaurativas escolares. O estudo
buscou respostas sobre quais fatores influenciam o exercício de discricionariedade dos agentes
envolvidos na implementação dos programas de justiça restaurativa escolar.
Ancorada no raciocínio dedutivo, de caráter bibliográfico e propositivo, a investigação
aproxima literaturas do campo de implementação de políticas públicas e justiça restaurativa
escolar com dois objetivos interrelacionados: apresentar teorias e modelos analíticos de
implementação de políticas públicas, especialmente de programas de justiça restaurativa;
propor um modelo de avaliação da implementação de práticas restaurativas escolares.
A literatura aponta que fatores individuais, relacionais, organizacionais, institucionais e
contextuais impactam a tomada de decisão dos agentes implementadores e levam a formas
distintas de implementação. Os fatores individuais incluem ideias, concepções de mundo,
esquemas de interpretação, trajetórias, formação acadêmica, idade, gênero, cor; os fatores
relacionais dizem respeito às interações estabelecidas com os usuários das políticas, com
colegas de trabalho, coordenadores, gestores e comunidade do entorno; os fatores
organizacionais se referem às rotinas, fluxos, recursos, espaços, perfis de gestão; os aspectos
institucionais integram as legislações, hierarquias, cargos, funções, regras estabelecidas,
objetivos, tecnologias; e os fatores contextuais dizem respeito ao tamanho da escola, níveis de
ensino, território de localização e clima escolar.
Assim, os resultados apontam que para promover a mudança cultural e organizacional
que as práticas restaurativas exigem, os agentes implementadores de práticas restaurativas
escolares devem ter capacitação contínua, compromisso com a mudança, energia e adesão;
capacidade de ouvir e dar voz a toda a comunidade escolar; compartilhamento de valores;
utilização de uma linguagem restaurativa; suporte e supervisão das atividades; alterações nos
modos de pensar e agir; alterações na gestão do comportamento, currículo e pedagogia;
comunicação da inovação; identificação de pessoas certas para implementação das práticas;
alocação de tempo para os trabalhos e fundos de financiamento disponíveis. |
Palavras-chave |
implementação, justiça restaurativa escolar, políticas públicas |
Tese no formato PDF |
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Ata no formato PDF |