Banca Examinadora
(titulares)
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Profa. Drª. Marlise Miriam de Matos Almeida - Orientadora (DCP/UFMG) Profa. Drª. Flavia Mateus Rios - Coorientadora (Universidade Federal Fluminense) Profa. Drª. Cláudia Pons Cardoso (UNEB) Prof. Dr. Cristiano dos Santos Rodrigues (DCP/UFMG) Profa. Drª. Tianna Paschel (University of California – Berkeley) Profa. Drª. Luciana de Oliveira Dias (UFG) |
Resumo |
A tese intitulada explora a mobilização das mulheres negras brasileiras e, em particular, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB) na construção de uma agenda interseccional de ampliação de direitos. A pesquisa investiga como essas ações têm impactado a dinâmica política brasileira nas últimas quatro décadas, durante as quais os movimentos de mulheres negras se fortaleceram e diversificaram suas estratégias de resistência e enfrentamento às opressões interseccionais. A AMNB, fundada em 2000, desempenha um papel crucial como uma rede que articula as lutas das mulheres negras em níveis nacional e internacional. Com representação em todas as regiões do Brasil, a AMNB tem sido uma frente importante na luta por igualdade racial. A metodologia inclui observação participante, análise de arquivos e documentos, e entrevistas com lideranças da AMNB e outras organizações parceiras. Este estudo de caso, baseado em uma abordagem qualitativa, analisa como a AMNB e outras entidades relacionadas mobilizam e constroem uma agenda de ampliação de direitos interseccionais, enfrentando os desafios de um contexto político cada vez mais complexo e adverso. A tese está estruturada em cinco capítulos, além da introdução e considerações finais. O primeiro capítulo discute teoricamente a ação política das mulheres negras, articulando teorias de movimentos sociais e contribuições do feminismo negro. O segundo capítulo apresenta o histórico dos movimentos de mulheres negras no Brasil, delineando os fatores que contribuíram para a formação e consolidação da AMNB. Os capítulos seguintes exploram as estratégias de aproximação com o Estado, os impactos das turbulências políticas na segunda década de existência da AMNB, e as práticas de produção de conhecimento e novos enquadramentos discursivos adotados pela articulação. |