Banca Examinadora
(titulares)
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Profa. Drª. Magna Maria Inácio - Orientadora (DCP/UFMG) Prof. Dr. José Alexandre da Silva Júnior (UFAL) Prof. Dr. Denisson da Silva Santos (UFMG) Profa. Drª. Luciana da Conceição Farias Santana (UFAL) Prof. Dr. João Carlos Amoroso Botelho (DCP/UFMG) |
Resumo |
A teoria da ambição política classifica a escolha de cargo eletivo por políticos que estão exercendo um mandato, através de uma estrutura de oportunidades de carreira. O objetivo desta tese é analisar a relação entre um conjunto de variáveis preditoras, propostas pela literatura, e a ambição política dos deputados federais brasileiros. Para isso, as variáveis foram agrupadas em três dimensões analíticas: Experiência Política, Desempenho Eleitoral, e o Contato com a Base. Além disso, controla-se aspectos pessoais dos deputados. Esta pesquisa inova ao analisar a ambição por cargos hierarquicamente inferiores, que comumente é preterida em outras pesquisas, além de considerar simultaneamente as demais opções de carreira: a busca por cargos hierarquicamente superiores e a reeleição, denominadas ambição regressiva, progressiva e estática, respectivamente. O referencial empírico abrange três legislaturas consecutivas da Câmara dos Deputados (53ª à 55ª), totalizando 1.287 casos. Metodologicamente, a técnica de análise para estimar os resultados foi a regressão logística multinomial, adequada para modelos com múltiplas categorias na variável dependente. Os resultados dos testes de hipótese indicam uma relação significativa entre as variáveis senioridade, ocupação de cargo no Executivo, percentual de votos e concentração de votos com a ambição progressiva. Além disso, encontrou-se associações significativas entre as variáveis senioridade, ocupação de cargo no Executivo, cargo no Legislativo, concentração de votos e concentração de emendas com a ambição regressiva. Ou seja, nem todas as variáveis estão relacionadas a todos os tipos de ambição política. Embora a tese observe legislaturas mais recentes do que a literatura observou, alguns padrões se mantêm, mesmo após ocorrerem alterações na legislação eleitoral e no constante aumento do acesso a recursos de execução obrigatória por parte dos parlamentares, o que pode aumentar o poder atrativo deste cargo ao longo do tempo. |