Resumo |
A rápida ascensão chinesa entre 1990 e 2020 foi acompanhada por uma mudança significativa na percepção dos Estados Unidos sobre a própria China, o que, por sua vez, gerou uma mudança substancial na política externa de Washington em relação a Pequim. Em trinta anos, o país asiático saltou de apenas mais uma agenda de política externa para uma ameaça à liderança estadunidense. O objetivo dessa dissertação é analisar justamente essa transição de conduta da política externa dos Estados Unidos, que envolve as ações estadunidenses em prol dos interesses nacionais e combate às ameaças percebidas, a ascensão chinesa e a percepção dos Estados Unidos em relação a isso. Diante disso, optamos pela elaboração de uma narrativa estruturada sobre os preceitos básicos do Process Tracing, a fim de entender, sob as lentes do Realismo Neoclássico, os mecanismos que conectam a ascensão da China à mudança na política externa americana. O trabalho está dividido em quatro capítulos, além da introdução e da conclusão. Os dois primeiros capítulos estabelecem os arcabouços histórico e teórico, apresentando as ascensões dos dois países e introduzindo conceitos fundamentais do Realismo Neoclássico. O terceiro capítulo destaca a liderança consolidada dos EUA e a ascensão chinesa como potência emergente. O terceiro capítulo destaca a liderança consolidada dos EUA e a ascensão chinesa como potência mundial. O quarto capítulo, por fim, discute a política externa estadunidense em relação à China nas décadas de 1990, 2000 e 2010, evidenciando as mudanças de percepções do Poder Executivo dos Estados Unidos à medida que a China avançava. |