Detalhes da dissertação

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Aluno
Talita Melgaço Fernandes
Orientador
Cristiano dos Santos Rodrigues
Título da dissertação
MULHERES EM LUTA: um mapeamento do ativismo dentro do universo gravídico-puerperal
Área de concentração
Ciência Política
Linha de Pesquisa
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Data da defesa
19/02/2020
Banca Examinadora
(titulares)
Prof. Dr. Cristiano dos Santos Rodrigues - Orientador (DCP/UFMG)
Profa. Drª. Marlise Miriam de Matos Almeida (DCP/UFMG)
Profa. Drª. Érica Dumont Pena (UFMG)
Resumo
A presente pesquisa intitulada MULHERES EM LUTA: um mapeamento do ativismo dentro do universo gravídico-puerperal tem por objetivo geral analisar as correlações de forças e disputas que acontecem em torno da assistência prestada durante os processos de concepção, gestação, parto, perda, abortamento e puerpério, a partir dos relatos das mulheres engajadas nesse campo e atuantes dentro dos limites da cidade de Belo Horizonte, MG, e sua região metropolitana, desde o início do milênio até o ano de 2019. A hipótese de trabalho é que as ativistas são impulsionadas a atuar no campo ao identificarem uma distribuição desigual de poder entre prestadores da assistência e usuárias e moldam as suas estratégias em razão disso, dando início a um movimento de humanização da assistência ao parto e nascimento que, por vezes, se mescla com demais movimentos da cidade, como o de educação, o de defesa do SUS, o da legalização do aborto, etc. A fim de cumprir a referida meta, foi preciso recorrer as noções de biopoder de Michel Foucault e de Divisão Sexual do Trabalho de Flávia Biroli. Da mesma forma, tornou-se relevante resgatar o histórico de participação das mulheres em mobilizações sobre saúde sexual e reprodutiva desde o Brasil Colônia. A imersão no campo também fora basilar e aconteceu em um primeiro momento como observação participante desenvolvida em eventos variados, rodas de gestantes e puérperas, reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde e encontros de coletivos voltados as temáticas de interesse dessa pesquisa. Essa fase possibilitou a posterior seleção de 16 mulheres atuantes nas discussões sobre a humanização do cuidado ao ciclo gravídico-puerperal. As selecionadas responderam a um questionário, em que eram perguntadas sobre: gênero, profissão, idade, raça/cor, escolaridade e renda familiar mensal. Adicionalmente, concederam entrevistas, de aproximadamente uma hora, nas quais os seguintes tópicos foram abordados: trajetória de militâncias prévias e paralelas, entrada nas discussões relacionadas à assistência ao período gravídico-puerperal, associação a grupos, principais obstáculos e oportunidades que encontraram no campo, percepções das conjunturas sociais e políticas, estratégias mobilizadas para atingir seus objetivos e, por fim, uma a avaliação do efeito das iniciativas utilizadas e as prospecções de futuro na área. Os dados gerados foram submetidos a análise de enquadramento e distribuídos segundo quadros de sentido que fundamentam o repertório de estratégias usado pelas ativistas em questão.
Palavras-chave
 
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