Detalhes da dissertação

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Aluno
Esther Maria Passos Simoes Froes Guimaraes
Orientador
Juarez Rocha Guimarães
Título da dissertação
Nós e O Nó: O Conceito de Totalidade Na Síntese Marxista-feminista de Heleieth Saffioti
Área de concentração
Ciência Política
Linha de Pesquisa
Teorias da Justiça, Feminismo e Pensamento Político Brasileiro
Data da defesa
15/05/2020
Banca Examinadora
(titulares)
Prof. Dr. Juarez Rocha Guimarães - Orientador (DCP/UFMG)
Profa. Drª. Marlise Miriam de Matos Almeida (DCP/UFMG)
Profa. Drª. Elaine Mauricio Bezerra (UNICAMP)
Resumo
Investigamos o desenvolvimento tensionado do feminismo marxista a partir da travessia de Heleieth Saffioti pelas críticas, intercâmbios e sínteses marxistas-feministas. Estudamos sua obra para contribuir no debate sobre o papel da totalidade em metabolizar tensões sobre a multiplicidade de formas assumidas pela opressão na modernidade. Para operar esse estudo, dividiremos o trabalho em três momentos: em um primeiro capítulo, recorremos à obra de Marx para investigar seu conceito de totalidade. Entendemos a práxis da reprodução do ser social como basilar à dinâmica da totalidade marxiana e descartamos interpretações holistas, teleológicas, funcionalistas e mecanicistas do conceito. No capítulo dois, percorremos os debates feministas no século XX e seus pontos de tensão com o marxismo. Partindo de uma discussão sobre o lugar renovado da família na teoria política feminista, buscamos compreender sob novo ângulo a relação entre as esferas na estrutura da totalidade social. Aqui, salta à análise a relevância do debate sobre o paralelismo de estruturas e a fragmentação da vida social. Como resutltado da discussão, entendemos que a relação entre totalidade e experiência é um campo fértil de mediação e síntese. Por fim, lançamo-nos à obra de Saffioti para construir uma interpretação a partir da presença da totalidade em sua elaboração. Os conceitos de nó frouxo e lógica contraditória despontam como uma síntese que implica mutuamente as inquietações marxistas e feministas, e é principalmente sobre eles que nos debruçamos na interpretação sobre as relações entre sexualidade, trabalho, linguagem e reprodução do ser social. Para isso, entretanto, é fundamental que não entendamos o gênero como um processo fragmentário de elaboração linguística, mas como práxis, algo que participa da instituição efetiva de relações de exploração e dominação cruciais à produção e reprodução historicamente determinada. É sob esses condicionantes que Saffioti abre diálogo com teóricas do gênero e concebe a totalidade do nó como princípio de mediação na elaboração da experiência. Por fim, entendemos que a inquietude feminista de Saffioti, longe de demonstrar um afastamento de Marx, brindou-nos exatamente com o que existe no marxismo de mais avesso aos apaziguamentos com a ordem.
Palavras-chave
 
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