Detalhes da dissertação

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Aluno
Elis Virginia da Silva Santana
Orientador
Dawisson Elvécio Belém Lopes
Título da dissertação
O Poder Está no Prato: Breve Análise da Governança Global dos Alimentos, Seus Atores e Contradições
Área de concentração
Ciência Política
Linha de Pesquisa
Instituições Políticas e Política Internacional
Data da defesa
02/03/2023
Banca Examinadora
(titulares)
Prof. Dr. Dawisson Elvécio Belém Lopes - Orientador (DCP/UFMG)
Profa. Drª. Jessica Silva Fernandes (Oppen Social)
Prof. Dr. Caio Pompeia Ribeiro Neto (University of Oxford)
Resumo
Nesta dissertação buscamos descrever como está organizada a governança global em torno da agenda alimentar. Dessa forma, objetivamos investigar e descrever como a atual governança global dos alimentos está estruturada e quais as implicações desse arranjo. Para isso, trouxemos aspectos da economia política internacional e da abordagem dos regimes alimentares, a fim de entender em qual contexto a governança vigente se desenvolveu, quais são os principais atores e seus interesses, e como ela endereça os principais problemas contemporâneos relacionados à segurança e sistema alimentares. A nossa hipótese é que a atual governança global dos alimentos está estruturada sobre princípios neoliberais, onde atores privados exercem poder e influência, enquanto suas atuações contribuem para aprofundar desigualdades regionais e agravar a crise alimentar e ambiental. Neste arranjo, corporações agroalimentares transnacionais, movimentos sociais, organizações internacionais e Estados compõem o quadro de uma governança fragmentada, com forte domínio do paradigma privado, pautado pelas empresas e organizações financeiras internacionais. Porém, pudemos perceber que este arranjo tem sido cada vez mais questionado, não só pela persistência da fome em um mundo de abundância, mas pelas evidências que relacionam a atual estrutura do sistema alimentar às mudanças climáticas e aumento da prevalência de obesidade no mundo. Alternativas a este modelo estão surgindo especialmente a partir da sociedade civil, sendo a agenda da soberania alimentar uma das vertentes mais fortes ao trazer uma proposição de transformação deste atual sistema em uma lógica dual, que contrapõe o localismo ao globalismo, o natural ao processado e a soberania à segurança. Para construir a estrutura deste trabalho, o qual se caracteriza com uma pesquisa qualitativa-descritiva uma vez que buscamos descrever e analisar a governança global dos alimentos a partir da identificação dos seus atores, interesses e papeis desempenhados, utilizamos a pesquisa bibliográfica como procedimento em bases de dados como Google Scholar, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, SciELO, Scopus, Periódicos CAPES, sites das instituições e empresas aqui investigadas, bem como de organismos internacionais, como FAO, ONU e EMBRAPA.
Palavras-chave
 
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